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Dezembro Laranja alerta para a prevenção do câncer de pele

Exposição inadequada ao sol continua sendo o principal fator de risco para a doença

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Chegamos ao fim do ano e neste mês de dezembro uma cor que se destaca além do tradicional vermelho de Natal é a laranja. Isso porque a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) inicia pelo terceiro ano consecutivo a campanha Dezembro Laranja, com o objetivo de alertar a população para a prevenção do câncer de pele.

O câncer de pele configura-se como o mais frequente em todas as populações. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que neste ano foram mais de 176 mil casos entre homens e mulheres. A Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê que, no ano 2030, existirá 27 milhões de casos novos de câncer, 17 milhões de mortes pela doença e 75 milhões de pessoas vivendo com câncer. O maior efeito desse aumento incidirá em países em desenvolvimento.

Os cânceres de pele podem ser divididos em câncer de pele não melanoma e câncer de pele melanoma. O não melanoma é o que está diretamente ligado à exposição excessiva ao sol e é o tipo mais comum. Já o melanoma é a forma mais grave da enfermidade e representa apenas 4% das neoplasias malignas do órgão.

Os dois tipos de câncer têm chances de cura elevadas, quando detectado nos estádios iniciais. Por isso, a especialista alerta para alguns sinais que devem ser investigados. “Devemos ficar de olho em pintas diferentes que aumentem de tamanho, feridas que não cicatrizam ou lesões novas. Se a pinta está crescendo, seja em elevação ou extensão, precisa ser avaliada imediatamente, pois o melanoma tem a capacidade de invadir outros órgãos como pulmão, fígado e até o cérebro se descoberto tardiamente”, alerta a dermatologista Juliana Gumieiro.

Exposição solar
Para os dois tipos de câncer, o principal fator de risco é a exposição inadequada ao sol. A SBD divulgou uma pesquisa sobre o hábito de exposição solar do brasileiro:
• Mais de 100 milhões de brasileiros se expõem ao sol de forma intencional nas atividades de lazer – 70% da população acima de 16 anos;
• 63% dos brasileiros (95 milhões) não usam protetor solar no seu dia a dia;
• 6 milhões de brasileiros adultos (mais de 4% da população) não se resguardam de forma alguma quando estão na praia, piscina, cachoeira, banho de rio ou lago;
• 20% das crianças e adolescentes não usam protetor solar adequado de forma alguma nas atividades de lazer. Se a análise incluir as classes D/E, esse percentual sobe para 35%;

Prevenção
Como forma de prevenção, a dermatologista recomenda o uso constante do protetor solar. “Devemos lembrar que existe um tipo de protetor para cada pele. O ideal é um fator de proteção de pelo menos 30, que proteja contra a radiação UVA e UVB. As peles mais sensíveis, com manchas, rosácea, entre outras, exigem um fator mais alto. O ideal é consultar um dermatologista especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia e ver qual seria o ideal para você”, recomenda Juliana Gumieiro.