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Hospital do Câncer em Uberlândia anuncia nova unidade

 

 

Edificações UNIDADE 2 Hospital do CâncerNo ano em que o Hospital do Câncer em Uberlândia completa 15 anos, o Grupo Luta pela Vida anuncia a chegada de uma nova unidade que será construída em Uberlândia, no bairro Alto Umuarama II. O novo complexo vai abrigar ações complementares ao tratamento que já é oferecido no Hospital, ampliando as frentes de combate ao câncer com atividades de Pesquisa, Prevenção, Diagnóstico e Apoio a pacientes durante e após tratamento.

O projeto foi apresentado nesta quarta-feira, 8 de abril, data de aniversário do Hospital do Câncer, para autoridades, empresários e imprensa. O terreno de 9.543 m² foi doado pela Prefeitura de Uberlândia em sistema de cessão e abrigará a Unidade 2 do Hospital do Câncer na qual serão realizadas diversas atividades diferentes e complementares aos serviços existentes na Unidade 1. “Para nós é um presente e ao mesmo tempo uma grande responsabilidade. Ao longo dos anos conseguimos demonstrar credibilidade. Estamos sempre em busca do melhor tratamento, do diagnóstico precoce, com o propósito de aumentar o índice de cura. Com a Unidade 2, teremos um Centro de Pesquisa e Diagnóstico para melhorarmos o tratamento, sermos mais assertivos e também darmos mais conforto aos pacientes com a doença em estágio mais avançado, por meio do Centro de Cuidados Paliativos”, contou Renato Pereira, presidente do Grupo Luta pela Vida.

 Investimento

Para a primeira etapa da obra serão necessários R$ 15 milhões. “Para ter o dobro de tamanho, precisaremos do apoio da população, bem como de doações de empresas. A obra irá acontecer por etapas, à medida que formos levantando os recursos com a ajuda da comunidade. Por esse motivo, não temos como precisar quando concluiremos a Unidade 2”, explicou Renato Pereira.

O Hospital do Câncer em Uberlândia se tornou uma referência nacional pela qualidade e quantidade de bons serviços prestados aos pacientes com câncer. O diretor do Hospital, o médico Eurípedes Barra, reforçou que a Unidade 1 do Hospital do Câncer também continuará recebendo investimentos do Grupo Luta pela Vida. “Para atender a demanda crescente, que hoje chega a seis mil pacientes/mês na atual estrutura do Hospital, queremos ampliar as áreas do serviço de quimioterapia, enfermaria, adequar o terceiro andar para instalação do serviço de Transplante de Medula Óssea, além da instalação do centro cirúrgico no Hospital do Câncer”.

Unidade 2 – Estrutura

A unidade 2 contará com o Centro de Cuidados Paliativos, Centro de Pesquisa e Diagnóstico, estrutura para o trabalho dos voluntários e espaço para a realização dos bazares do Núcleo de Voluntários; além da sede administrativa do Grupo Luta pela Vida e uma área reservada para projetos futuros.

Os projetos de cada espaço estão sendo elaborados. Assim que todos os trâmites pertinentes ao desenho arquitetônico, complementar estrutural, elétrico e hidráulico estiverem concluídos serão submetidos às aprovações legais necessários.

As obras serão iniciadas pelo Centro de Pesquisa e Diagnóstico e pelo Centro de Cuidados Paliativos. No térreo do Centro de Pesquisa e Diagnóstico, haverá um espaço voltado para o diagnóstico por imagem e recepção de pacientes para coletas laboratoriais. No mesmo prédio, num outro pavimento, estão projetados espaços para consultórios e propedêutica, que são espaços ambulatoriais de atendimento ao paciente com câncer e população de risco. Ainda nesse primeiro bloco, serão construídos diversos tipos de laboratórios, como o de análises clínicas, de patologia, imunologia e genética, um laboratório de pesquisa na área de cancerologia, além de uma unidade de biópsia. O espaço ainda contempla um pavimento com ambientes de apoio aos funcionários e espaços para futuras ampliações.

O edifício do Centro de Cuidados Paliativos contará com um espaço de hospedaria de grande significado no complexo que estará ligado sensorialmente e visualmente ao espaço público projeta na ponta da quadra e que não pertence à área do Hospital. “O espaço conta com uma praça que permitirá aos pacientes os momentos de reflexão e interação com a natureza. Neste local, voltado para o sol nascente, está projetado um grande palco onde os pacientes que quiserem poderão usufruir de diversas manifestações artísticas, contemplando ao fundo um belo parque”, contou o arquiteto responsável pelo projeto, Zied Sabbagh.

Na sequência será instalado o bloco que receberá os ambientes administrativos, com um anfiteatro e loja de venda de produtos no térreo, seguido do bloco de oficinas e bazar, ambientes onde as diversas equipes de voluntários poderão realizar suas tarefas colaborativas.

Zied frisou ainda que para a concepção do projeto foi realizada uma extensa pesquisa. “Vimos que as melhores soluções são aquelas cujos espaços assistenciais de saúde têm como características acolhimento, modernidade, eficiência, conforto, segurança, assepsia e confiabilidade. O complexo terá uma grande cobertura, ligando os vários blocos e permitindo uma interação espacial dos pedestres, que terão circulações diferenciadas em relação aos carros”.

Projeto arquitetônico sustentável

As modernas e agradáveis instalações da Unidade 2 serão privilegiadas pela iluminação natural e generosidade dos espaços. Serão usados tecnologia e recursos naturais tanto fora das edificações com iluminação das fachadas e do paisagismo e dentro dos ambientes. O edifício será totalmente acessível e contará com sistemas e materiais sustentáveis, dentro de um critério de custo/benefício que proporcione a excelência buscada.

Além destes aspectos, haverá reuso de água, o uso inteligente das energias renováveis, com placas fotovoltaicas nas coberturas dos estacionamentos e dos blocos e uso de espécies vegetais no paisagismo que consomem menos água.

O projeto ainda contempla a instalação de um Ecoponto, onde os resíduos do complexo serão destinados para a reciclagem, além do uso de materiais de construção que tenham em sua base produtos recicláveis.

O planejamento seguirá rigorosamente as normas da Anvisa que regem a construção de edifícios ligados à saúde e pelos códigos municipais. “Faço parte da ABDEH, Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar, entidade que é referência quando se fala em aperfeiçoamento das normativas existentes, assim procuro projetar além das exigências atuais, pois sabemos que a dinâmica da tecnologia nesta área é muito grande e isto tem que refletir nos espaços projetados”, disse Zied.

A expectativa é dar início às obras ainda neste ano. O terreno fica localizado na Rua Pedro Zanata/Avenida Dom Pedro II (divisa com as ruas Francisco Cândido Xavier e Rua Orli Caetano de Resende), no bairro Alto Umuarama II.

Campanha

Para que o projeto seja viabilizado mais rápido, o Hospital do Câncer está com uma campanha permanente com o mote: “Pra ter o dobro de tamanho a gente precisa de você”. Os interessados em realizar doações podem obter informações pelo número 0800 34 2062 de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h, e no sábado, das 9h às 14h. As doações podem ser feitas por meio de cartão de crédito, boleto bancário, débito em conta ou por meio dos mensageiros do hospital que vão até a casa do doador.

 Hospital do Câncer em Uberlândia: 15 anos de história

Graças ao Grupo Luta Pela Vida, ONG responsável pela construção, ampliação e manutenção do Hospital do Câncer em Uberlândia, e às doações da população da cidade e região, atualmente, mais de 6 mil pacientes são atendidos com qualidade em um ambiente humanizado.

E não para por aí. O Hospital do Câncer recebe aproximadamente 2 mil pacientes novos por ano, além de realizar entre 1900 e 2100 procedimentos de alta complexidade em radioterapia e quimioterapia por mês. Progressivamente, o Hospital do Câncer não somente atendeu mais pessoas, como também avançou em estrutura, tecnologia, número de profissionais e de voluntários.

Em 2000, o térreo começou a funcionar com capacidade para tratar pacientes por meio de Quimio e Radioterapia. Em 2004, houve a inauguração da enfermaria, no primeiro andar atualmente com 24 leitos para acolher os pacientes que precisam de internação.

Posteriormente, o Hospital do Câncer inaugurou o terceiro andar que abriga a pediatria. Além da ampliação na estrutura física, o Hospital do Câncer procurou avançar também em equipamentos e adquiriu novos aparelhos de radioterapia, com tecnologia de última geração, sempre com crescimento competente da equipe multiprofissional. “A tecnologia atual permite oferecer um tratamento próximo a de outros grandes centros públicos de combate ao câncer”, destacou o oncologista do Hospital do Câncer, Rogério Araújo.

Doador: peça chave no sucesso dos 15 anos

A dona de casa Maria Lúcia Rezende de Castro, de 57 anos, é uma das muitas pessoas que colabora. “Sempre quis ajudar o Hospital do Câncer. Nunca pensei que um dia iria precisar, mas meu pai adoeceu e vi ainda mais a importância que é ajudar uma instituição que faz por tanta gente. Por 8 anos meu pai foi muito bem atendido. Há 13 anos colaboro e sou muito grata por tudo que recebi dessa instituição”, diz Maria.

Quem também enxergou uma maneira de fazer pelos pacientes foi a professora aposentada Ana Solange de Oliveira, de 56 anos. Voluntária há 4 anos, ela conta que duas vezes por semana pega as roupas, calçados e acessórios que chegam como doações, separa e etiqueta para serem vendidos nos bazares realizados pelo Núcleo de Voluntários. “Acompanhei meu pai num tratamento que fez e logo descobri um câncer na mama. Graças a Deus recebi alta em janeiro. Agora posso fortalecer as pessoas que tratam, seja com uma palavra amiga, um sorriso. Às vezes só de observar um paciente, percebo que precisa ser ouvido. Já fiz muitas amizades no Hospital do Câncer, aprendi fazer crochê e a valorizar cada minuto que passo quando estou servindo”.

Ao longo de sete anos, Vinicius Marcus Novais Silveira, de 72, acompanha pacientes e contribui como pode no hospital como voluntário. “Já presenciei muitas coisas. Dei apoio emocional, peguei na mão e orei com as pessoas que nem queriam mais viver. É emocionante ver o dia a dia dos pacientes. Sempre tive comigo que estamos nesse mundo para ser útil e aqui consigo fazer isso de forma mais plena. Se a gente não faz o bem, fica um vazio, a vida parece não ter tanto sentido”. Mesmo antes de passar por um câncer na próstata, Vinicius disse que já tinha o espírito voluntário. “Tratei por 5 anos contra a doença e por 10 fiz o acompanhamento. Por onde vou procuro sempre contribuir de alguma forma”, acrescentou.

Desafios vencidos

Para chegar ao patamar que o Hospital do Câncer se encontra, muitos obstáculos e desafios foram vencidos. O diretor da instituição, Eurípedes Rodrigues Barra, contou que há 34 anos foi criado no HCU-UFU – onde o serviço de oncologia denominado SEONC, acontecia. “Em agosto de 1981 as primeiras aplicações de Radioterapia e Quimioterapia começaram a ser realizadas de forma muito primitiva, mas foram os procedimentos que deram origem a um grande hospital: o Hospital do Câncer em Uberlândia”, contou.

Entre o aluguel de um espaço e outro, o SEONC ganhava cada vez mais importância para a região do Triângulo Mineiro e os estados vizinhos. Devido à grande quantidade de pacientes, com o estímulo do médico Rogério Araújo criou-se a ONG Grupo Luta Pela Vida, com o objetivo de construir um hospital especializado para o tratamento do câncer. “O Hospital do Câncer é uma realidade nacional, pela qualidade e quantidade de bons serviços prestados aos pacientes com câncer”, disse Rogério.

Erick Barbosa de Sousa, de 28 anos, faz parte da história de 15 anos do Hospital do Câncer. Aos 4 anos foi diagnosticado com leucemia. Ele conta que quando descobriu a doença devido a fortes dores no calcanhar, o atendimento ainda era na UFU e o Hospital do Câncer funcionava numa casa pequena. Ele se lembra bem de todas as intervenções que precisou passar. “Tive que drenar os meus pulmões. Nas idas e vindas, fiquei quase um ano internado, passando por tratamento intenso. Recebi alta definitiva em 2008. Apesar de ter sido acometido por essa doença avassaladora, tenho boas lembranças das amizades que fiz. Recordo-me com carinho do doutor Rogério, doutora Zaíra e do Luis, um amigo que guardo no coração”.

Para o fazendeiro Ailto Vieira Borges, de 48 anos, que em 2014 realizou um leilão para ajudar, o Hospital do Câncer é uma instituição de referência que merece o apoio da população. “Sou de Cascalho Rico, mas moro em Uberlândia há 22 anos. Em 2014 descobri um sarcoma na perna direita e tratei por cerca de dez meses. Nem em hospital particular fui tão bem recebido e tratado como no Hospital do Câncer. A equipe faz tudo com muito amor, os funcionários e voluntários são envolvidos e contribuem para elevar a autoestima dos pacientes”, contou.

O Hospital do Câncer atende pacientes de mais 80 cidades da região. Em 2014 foram recebidos pacientes das seguintes cidades: Uberlândia, Araguari, Ituiutaba, Tupaciguara, Monte Carmelo, Patos de Minas, Paracatu, Coromandel, Monte Alegre de Minas, Prata, Estrela do Sul, Patrocínio, Abadia dos Dourados, Carmo do Paranaíba, Nova Ponte, Canápolis, Iraí de Minas, Centralina, Araporã, Romaria, Capinópolis, Indianópolis, João Pinheiro, Santa Vitória, Cascalho Rico, Guimarânia, Lagoa Formosa, Cruzeiro da Fortaleza, Grupiara, Buritis, Lagamar, Douradoquara, Campina Verde, Serra do Salitre, Unaí, São Gotardo, Presidente Olegário, Rio Paranaíba, Guarda-Mor, Vazante, Matutina, Gurinhatã, Varjão de Minas, São Gonçalo do Abaeté, Cachoeira Dourada e Lagoa Grande, entre outras.

Linha do tempo

A criação do Hospital do Câncer como hoje é conhecido tornou-se realidade por iniciativa da ONG Grupo Luta Pela Vida. Com o intuito de oferecer maior conforto aos pacientes com câncer, os membros do Grupo contaram com o apoio da população e de muitos parceiros e empresários para transformar o sonho em algo concreto.

A história do Hospital do Câncer começou em 1996, quando a Universidade Federal de Uberlândia doou o terreno para a construção, anexo ao Hospital de Clínicas (HC).

– No dia 8 de Abril de 2000 era inaugurado o primeiro piso do Hospital. O piso passou a abrigar os serviços de quimioterapia e radioterapia para tratamento ambulatorial, além das estruturas de apoio e administrativa.

– Em 2002, o Hospital passa a contar com o equipamento chamado de Acelerador Linear, aparelho que melhora a qualidade de atendimento da radioterapia.

– Em 2003 é inaugurada, no segundo andar, a Brinquedoteca “Brincar é Viver”, área de entretenimento infantil, patrocinada pela empresa Refrigerantes do Triângulo – Guaraná Mineiro.

– Em 2004 é inaugurada a ala de internação pra adultos, localizada no primeiro andar do Hospital, com recepção exclusiva, sala de espera, capela, posto de enfermagem, televisões e conforto para os acompanhantes. Hoje a ala conta com 24 leitos.

– Em 2007 foi finalizado o corredor de ligação com o Hospital de Clínicas para facilitar o deslocamento dos pacientes.

– Em 2008 o Grupo Luta Pela Vida investiu cerca de R$ 1,2 milhões pra a ampliação da área de atendimentos no térreo do Hospital do Câncer.

– Em março de 2009 começou a funcionar o aparelho de radioterapia chamado HDR, auxiliando no tratamento do câncer de colo de útero. Em setembro do mesmo ano foi inaugurada a sala de macas climatizada.

– Em novembro de 2010 foi criada a 1º Caminhada Contra o Câncer, realizada no Parque do Sabiá.

– Em 2011, o Grupo Luta Pela Vida inaugurou uma sala exclusiva dentro do Hospital do Câncer. O espaço é destinado para a entrega e recebimento de doações feitas pela população. No mesmo ano, também foi realizada a reformulação e ampliação da Brinquedoteca “Brincar é Viver”.

– Em 2012, foi inaugurada a nova área destinada à residência médica, contando com oito consultórios, salas de aula e de espera. O espaço é utilizado por residentes em oncologia clínica, oncopediatria e também radioterapia.

– Em 2013, o Grupo Luta Pela Vida adquiriu um novo acelerador linear para o Hospital do Câncer, por meio de doações da população e de empresas da região. O investimento foi de cerca de 3 milhões de reais.

– Em 2015, o Grupo Lupa Pela Vida e o Hospital do Câncer lançam o projeto de construção da Unidade 2 do Hospital do Câncer.

Hospital do Câncer em números:   

Voluntários: São 470 voluntários divididos em 21 equipes que desenvolvem atividades de segunda à sexta-feira junto aos pacientes do Hospital.

Lanches: geralmente são preparados e servidos diariamente pelos voluntários, entre 390 e 410 saquinhos com quitandas, pães, biscoito e bolos; 70 unidades de copos com gelatina; 70 unidades de saladas de frutas; 8 garrafas de café; 15 jarras com sucos de frutas variados; 10 litros de leite com achocolatado ou batido com frutas; 80 unidades de água de coco 200 ml; 80 unidades de achocolatado 200 ml.

Funcionários contratados pelo Grupo Luta Pela Vida: 156

Hospital do Câncer: 280 funcionários nas diversas funções, sendo que destes, 70 são contratados pelo Grupo Luta pela Vida. A equipe técnica conta com 50 médicos (plantonistas, clínicos, oncopediatras, oncologistas clínicos, hematologistas, radio terapeutas, e outras especialidades); e 80 profissionais na enfermagem (enfermeiros e técnicos).

Número de pacientes atendidos em quimioterapia e radioterapia:

Pacientes quimioterapia/dia – aproximadamente 120

Pacientes radioterapia/dia – aproximadamente 160

Número de empresas Amigas da Cura – que ajudam todo mês – 870