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Mais de 85% dos adotantes preferem crianças menores de 3 anos, saudáveis e sem irmãos

Criancas

 

No Brasil mais de 6 mil crianças esperam para ser adotadas e a maioria das famílias que se habilitam a adotar, não querem crianças mais crescidas ou adolescentes. Segundo dados do Conselho Nacional de Justiça, o Brasil tem 45.641 crianças acolhidas.  Destas, cerca de 39.000 ainda não tem sua situação jurídica definida, elas poderão retornar à família de origem ou ser encaminhadas para adoção. “A medida que estas crianças vão envelhecendo na instituição, suas chances de terem uma nova família vão diminuindo por que ficam mais velhas e muitas vão recebendo irmãos e quando este vínculo entre eles é construído, não devem ser separados”, afirma Sara Vargas, presidente da ONG Pontes de Amor.

A adoção tardia é feita da mesma forma que qualquer adoção. “Para adotar, é necessário ter mais de 18 anos, refletir profundamente sobre a decisão, especificar o perfil da criança ou adolescente a ser adotado e procurar o grupo de adoção de sua cidade. A próxima etapa é dar entrada no processo jurídico. Basta comparecer ao Fórum, na Vara da Infância e Juventude para saber quais são os documentos necessários. A Pontes de Amor disponibiliza acompanhamento jurídico gratuito para casos de adoção. Em seguida, os pretendentes a adoção passarão por um período de avaliação e preparação que é feito pela equipe técnica de psicólogas e assistentes sociais da Vara da Infância e da Juventude. É elaborado um laudo psicossocial e encaminhado ao representante do Ministério Público, que emitirá seu parecer e ao juiz, que dará sua sentença. Se for favorável, você estará habilitado para adoção e seu nome e dados serão inscritos no Cadastro Nacional da Adoção”, explica Sara.

       Objetivo do cadastro de adoção

O cadastro busca pretendentes para uma criança de acordo com o perfil de interesse especificado anteriormente pelo pretendente. A prioridade é sempre dos inscritos para criança com aquele determinado perfil e que o pretendente esteja no cadastro há mais tempo. Quando o pretendente for contemplado, este será informado sobre o histórico da criança e inicia-se a fase de estágio de convivência: visitas à criança monitoradas por técnicas, e se tudo estiver dando certo, receberá a guarda provisória e a criança irá para a casa do adotante. Durante este período, a família receberá algumas visitas de psicólogos e assistentes sociais. Feito isso, é a hora de ajuizar o pedido formal de adoção da criança e posteriormente é emitida a sentença de adoção.

“Algumas pessoas acham até mais fácil a adoção de crianças maiores, pois a criança já sabe manifestar seus desejos, tem mais autonomia. Mas, é importante que cada adotante reconheça seu desejo e suas possibilidades. Toda criança necessita de valor, segurança, amor e propósito.  Ao encontrar esta base no contexto familiar, ela irá se sentir mais segura para construir novos vínculos”, declara Sara Vargas.

O Grupo de Apoio à Adoção Tardia da Pontes de Amor é coordenado por profissionais das áreas de psicologia, especialistas em Terapia Familiar, assistentes sociais e pais que vivenciaram esta experiência. O grupo se reúne mensalmente e promove um ambiente dirigido e seguro para troca de experiências e orientações às famílias que adotaram crianças com mais de três anos de idade, auxiliando-as a vencer os desafios que lhe são peculiares. A Pontes de Amor desmitifica a adoção tardia em palestras, encontros e cursos para postulantes à adoção.  Também é oferecido apoio terapêutico tanto antes da adoção quanto pós adoção, se houver desejo ou necessidade.

Sobre a Pontes de Amor

Atuando em Uberlândia e em outras cidades do Triângulo Mineiro, a ONG Pontes de Amor é um grupo de apoio e incentivo à adoção legal que conta com a parceria da Vara da Infância e da Juventude, com o intuito de facilitar a convivência familiar das crianças em processo de adoção, assim como a convivência social das famílias que receberão estas crianças. O projeto foi idealizado pelo casal Sara Vargas e Rodrigo Rangel e Pereira, em 2012, oferecendo apoio terapêutico, psicológico, jurídico e psicopedagógico antes e depois da adoção.